4 a 5 anos Gramática
Guia pais e educadores Imprimir

A modalidade

A atitude do falante diante do que é dito.
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Com base na necessidade

A criança compreende que as ordens exigem uma ação

A criança recebe ordens

Já é capaz de compreendê-las?

Diferentes jeitos de mandar!

Obrigação ou possibilidade

Queria saber mais sobre as ordens. Os especialistas dizem: Quando você manda algo, as formas mudam o sentido: − Deve recolher os brinquedos (obrigação ou necessidade, com dever) − Pode recolher os brinquedos? (possibilidade, com poder).

Aos 4 anos a criança já compreende as ordens que recebe

Já sabe muito sobre a linguagem

Nélson pode fazer tudo isso?! Ainda é muito pequeno! Talvez Ruth… Os especialistas dizem: Claro, Ruth já começa a entender muitas coisas usando a língua. → compreende os fatos evidências; → compreende e expressa afirmações, dúvidas, ordens, etc. atitude frente aos fatos; → esclarece elementos da cena especifica referentes; e → atua segundo as circunstâncias.

O uso dos verbos modais

Dever, ter que...

Entende todas as formas de comando? Os especialistas dizem: Sim, embora desde o mais básico: − Recolha os brinquedos! Até o uso dos “verbos modais” (dever, poder, ter que) que a ajudam a entender o que lhe está sendo pedido.

As ordens indiretas

Expressões que envolvem certeza, dúvida...

Aprende mais formas? Os especialistas dizem: Aprende alguns tipos que logo poderá aplicar a outras formas. Por exemplo: − Você acredita que poderá recolher os brinquedos? (opinião, com crença) − Sei que recolherá os brinquedos. (certeza, com saber) − Duvido que recolha os brinquedos. (dúvida com duvidar)

Outras formas de falar sobre obrigações

Expressões que envolvem percepção, comunicação...

Os especialistas dizem: E tem mais: − Vejo que você recolheu os brinquedos. (de percepção, com ver) − Ouço que você está recolhendo os brinquedos. (de percepção, com ouvir) − Me disseram que você recolheu os brinquedos. (de comunicação, com dizer)

Enunciados deônticos

Expressões que solicitam ação

Sim, isso eu falo sempre! Os especialistas dizem: Os estudos indicam que na fala dirigida às crianças, os enunciados “deônticos” representam em torno de 75% dos enunciados input que contenham um verbo.

A origem do termo deôntico

Ações necessárias

O que quer dizer “deônticos”? Os especialistas dizem: Vem do grego e quer dizer o que se deve fazer, as ações baseadas na necessidade, designa as regras do que se deve cumprir.

Como a criança recebe esses enunciados?

Ela os compreende?

E as crianças entendem! Os especialistas dizem: Claro! Entendem desde que começam a usar gestos para pedir coisas. Em forma verbal, podem dizer: “Nélson quer comer batatas”, na terceira pessoa e, mais tarde, “Eu quero comer batatas”, na primeira pessoa. Depois “Não quero mais batatas”, com a negação e, posteriormente, com outros verbos.

A criança não compreende por completo o sentido das expressões dêonticas

Uma conquista no tempo e com o uso

Mas, não tudo. Os especialistas dizem: Não, porque falta às crianças a base social e cognitiva das expressões deônticas que vão além do “quero” ou do “me dá”. Ou seja, que dependem das práticas sociais que ensinam a elas as convenções e normas para fazer as coisas de determinada maneira.
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Necessidade, possibilidade e evidência

Como a criança usa a linguagem diante de situações necessárias, certas e possíveis

A criança emprega alguns termos de forma errada

O que isso quer revela?

Mãe: Deve estar aqui, mas não está... Pai: Deve não, poderia estar aqui!

Poderia, deveria ou poderia estar?

Declarações com sentidos diferentes

Qual é a diferença? Os especialistas dizem: Voltamos à questão deôntica. Esses verbos indicam diferentes aspectos: • “deveria” indica uma necessidade; • “poderia” indica uma possibilidade; e “poderia estar” indicam os fatos.

Adjetivos, advérbios, modos e modalidades

Como utilizar esses recursos?

Por exemplo…. Os especialistas dizem: São expressões utilizadas para mostrar a atitude do falante: → alguns adjetivos: é fácil, é seguro; → alguns advérbios: talvez, seguramente; → os modos (recorde modo indicativo, subjuntivo, imperativo optativo); e → as modalidades.

Seguramente e talvez

A diferença entre certeza e possibilidade

Eu não entendo bem. Os especialistas dizem: É mais fácil usar advérbios, como seguramente e talvez. Qual é melhor? X Seguramente deve estar aqui. √ Seguramente poderia estar aqui. X Talvez poderia estar aqui. √ Talvez deva estar aqui.

O uso correto dos advérbios

Graus de necessidade e certeza

Os especialistas dizem: Os advérbios indicam graus de necessidade ou obrigação ou de certeza: a) Seguramente indica necessidade b) Talvez indica possibilidade ou incerteza a) está em relação com o que deve acontecer e b) está em relação com o conhecimento ou a crença

Deve estar...

Pressupõe uma certeza

Eu disse “deve estar aqui”, porque sabia onde o pingente havia caído, tinha certeza. Os especialistas dizem: Nesse caso, temos de adicionar o conhecimento, a fonte do saber.e responder à pergunta: “como você sabe disso?”

É importante criar situações para trocas metacognitivas

A criança tem a chance de refletir sobre a sua própria aprendizagem

Isso é interessante, noutro dia Ruth me disse: “eu desenho melhor que todos”. E eu lhe perguntei: “como você sabe?” Os especialistas dizem: E, o que ela respondeu? “Não sei” Se insistisse, poderia conseguir que ela lhe explicasse a fonte de sua afirmação. Também poderia perguntar a ela: “como você se deu conta disso?” Essas trocas são importantes para a sua futura escolaridade. Denominam-se “metacognitivas” e têm a ver com “saber como se sabe de algo ou como o aprendeu”.