18 meses a 3 anos Discurso
Guia pais e educadores Imprimir

Leitura de histórias

A entrada da criança ao mundo dos livros e como ela começa a ampliar os horizontes da linguagem.
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Lemos histórias

A criança aprende muito sobre os livros e as histórias antes de poder ler sozinha

É importante instaurar momentos de leitura na rotina diária da criança

Como a criança interage nesses momentos

Está acostumado: olha, aponta, escuta, fala, pergunta e até sabe alguma parte da história de memória. N: Vamos ler esse livro.

A leitura e o desenvolvimento da linguagem

O que as crianças aprendem quando lemos para elas

É necessário ler histórias para ela? Os especialistas dizem: Sim, embora ainda não saibam ler, podem participar da leitura compartilhada de histórias. Dessa forma, ficam expostas a coisas novas: a) aos desenhos; b) a escutar a linguagem; e a linguagem das histórias.

Mas ela risca os livros!

As ilustrações vão pouco a pouco sendo percebidas como um elemento que complementa a narrativa

Os especialistas dizem: a) Observar os desenhos: Quando são muito pequenas, não entendem a natureza “pictórica” dos desenhos – objetos de contemplação mais do que de ação – e os tratam como se fossem objetos com os quais se têm de fazer algo. Por isso, muitas vezes, riscam os livros. N: É verdade, às vezes Clenice risca os livros!

Já faz desenhos figurativos!

A criança passa a representar formas em seus desenhos

N: Já começa a desenhar! N: Em seu desenho, um círculo e uma linha são apenas dois traços, mas querem representar um pirulito.

Por que é importante ler para as crianças?

Ao escutar histórias, a criança desenvolve sua capacidade simbólica

Clenice adora que eu leia histórias para ela. Os especialistas dizem: a) Escutar a linguagem: Escutar e entender a leitura em voz alta e interpretar os desenhos que acompanham as histórias nos livros requer das crianças uma capacidade simbólica (entender e usar uma grande variedade de elementos simbólicos, como a linguagem, o desenho, a mímica, as vozes que imitam os personagens, etc.) Portanto, é necessário: • a percepção (tanto visual, quanto auditiva) que nos informa sobre o que são os objetos; • a intenção da pessoa que nos informa sobre o que quer representar; e a experiência que nos ensina como são produzidos e para que usá-los.
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Falamos sobre as histórias

Existem várias maneiras de ler histórias para as crianças, e que podem acontecer, inclusive, de forma conjunta

A criança interage com o livro durante a leitura

Algumas crianças necessitam tocar, folhear, levantar abas enquanto participam de momentos de leitura

Vamos olhar esse livro. Fala comigo. Me explica alguma coisa.

É tão pequena, será que entende a história?

As várias formas de ler histórias para as crianças

Devo explicar ou ler a história? Os especialistas dizem: a) Falar sobre a linguagem das histórias: Há muitas maneiras de ler histórias. A seguir, veremos isso com mais detalhes.

Conversar sobre a história

A evolução das aprendizagens com o passar do tempo

• Conversar sobre a história: Aos 18 meses, as crianças começam a apontar para os desenhos e a fazer verbalizações. Aos 2 anos já encontram semelhanças e diferenças entre os desenhos e os objetos reais. Por volta de dois 2, 6 anos (dois anos e meio) podem dizer: “um cachorro”, referindo-se ao animal (classe natural), “um cachorro”, reportando-se a um desenho (artefato) e “cachorro” se lhes perguntamos “como se chama?”, referindo-se a um cão.

Ler para ou com a criança?

Uma escolha que envolve aprendizagens diferentes

Os especialistas dizem: • Ler para as crianças: Ler histórias é importante porque ajuda a criança a adquirir conhecimentos sobre a leitura, a escrita e os livros, antes e durante a escolaridade – o que se denomina alfabetização emergente. • Ler com as crianças: Quando os pais leem junto de seus filhos podem compartilhar com eles muitas coisas.

O que as crianças aprendem quando participam de momentos de leitura?

Muitas áreas do desenvolvimento infantil são acionadas durante a leitura de histórias

O que podem aprender com essas atividades? Os especialistas dizem: Ao compartilhar a leitura de livros com os filhos, os pais dão às crianças a possibilidade de progredir em muitas áreas do desenvolvimento: • nas competências pictóricas; • nas relações sociais e emocionais; • nas competências narrativas; • nos diálogos que associam textos, desenhos e linguagem oral; • na consciência sobre aspectos sonoros da linguagem; • na aprendizagem do vocabulário; • na preparação da aprendizagem da leitura; • no conhecimento letrado (termos como título, página, história e a conhecer personagens, tramas etc.); • na aprendizagem das letras; • no conhecimento de aspectos gráficos dos livros; • na memorização de histórias; e na recordação de contos populares.
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As histórias e as emoções

As histórias nos ensinam sobre nossas emoções e as emoções dos outros

As histórias despertam emoções

O que fazer quando a criança sente medo

Não tenha medo, Clenice! Não vai acontecer nada, é só uma história.

As emoções fazem parte do mundo social

Os personagens das histórias também têm sentimentos e emoções

Algumas histórias lhe dão medo. Devo lê-las mesmo assim? Acho que ela sentirá medo... Os especialistas dizem: Sim, devemos ler histórias mesmo quando a ficção desencadeie esse tipo de emoção. As emoções fazem parte do mundo social e auxiliam na compreensão das próprias condutas e na dos outros. Em relação aos personagens, as crianças precisam entender os seus pensamentos, sentimentos e desejos para entender por que eles fazem o que fazem.

As emoções ajudam a criança a se conhecer melhor

A criança torna-se capaz de atribuir emoções aos outros

Quando eu era pequena, não se falava das emoções… Os especialistas dizem: Falar das emoções ajuda a criança a compreender a si mesma, aos outros, assim como a entender as histórias. Clenice, aos 2 anos, dizia em termos de desejo: “quero/ não quero” “gosto/ não gosto”. Aos 3 anos ela já atribui emoções aos personagens, bonecos, fantoches, animais e a si própria, pois em uma fase anterior teve a oportunidade de reconhecer as expressões faciais. Assim, ela também pode reagir às emoções alheias. B: Explore a galeria das emoções de Clenice!